Estruturalismo (Wilhelm Wundt)
Wilhelm Wundt (1832-1920) foi um
médico, filósofo e psicólogo alemão e é considerado como um dos fundadores da
Psicologia Experimental Moderna. Entre as contribuições que o fazem digno desse
reconhecimento histórico, está a criação do primeiro laboratório de psicologia
no Instituto Experimental de Psicologia da Universidade de Leipzig na Alemanha
em 1879 e a publicação de Principles of
Physiological Psychology em 1873
onde afirmava textualmente que o seu propósito, com o livro, era o de criar um
novo domínio da ciência.
Juntamente com o seu discípulo Tichener,
abriu o caminho que levou a Psicologia a atingir o estatuto de ciência. Começou
por definir o objecto da psicologia como o estudo da mente (ou consciência), que é
realizado ao nível do consciente do Homem pela análise dos elementos simples da
mente.
Para ele e os seus seguidores (nomeadamente Edward Tichener, 1867-1927), as operações mentais não eram mais do que a organização de sensações elementares, procurando relacioná-las com a estrutura do sistema nervoso.
No seu laboratório, em Leipzig, procurou conhecer a forma como se relacionavam e associavam os elementos da consciência: é a concepção Associacionista dos comportamentos.
Para atingir este objectivo, utilizou como método a introspecção [observação interna] mas de um modo controlado: Observadores treinados deveriam, no laboratório, descrever as suas próprias experiências, resultantes de uma situação experimental definida. Os dados eram depois relacionados e interpretados por uma equipa de psicólogos que, após a apresentação de um estímulo visual ou som teriam de descrever as sensações recorrendo a um conjunto definido de termos para maior objectividade.
A introspeção consiste em concentrarmo-nos em nós mesmos e analisarmos aquilo que está dentro do nosso espírito, seja um ato praticado, um estado de espírito ou um sentimento. Qualquer pessoa pode e deve fazer introspecção.
Para ele e os seus seguidores (nomeadamente Edward Tichener, 1867-1927), as operações mentais não eram mais do que a organização de sensações elementares, procurando relacioná-las com a estrutura do sistema nervoso.
No seu laboratório, em Leipzig, procurou conhecer a forma como se relacionavam e associavam os elementos da consciência: é a concepção Associacionista dos comportamentos.
Para atingir este objectivo, utilizou como método a introspecção [observação interna] mas de um modo controlado: Observadores treinados deveriam, no laboratório, descrever as suas próprias experiências, resultantes de uma situação experimental definida. Os dados eram depois relacionados e interpretados por uma equipa de psicólogos que, após a apresentação de um estímulo visual ou som teriam de descrever as sensações recorrendo a um conjunto definido de termos para maior objectividade.
- Método Introspetivo ou Introspeção
A introspeção consiste em concentrarmo-nos em nós mesmos e analisarmos aquilo que está dentro do nosso espírito, seja um ato praticado, um estado de espírito ou um sentimento. Qualquer pessoa pode e deve fazer introspecção.
No entanto, o método introspetivo
ultrapassa um pouco essa introspeção natural do ser humano, pois apresenta
um caráter mais sistemático, guiado.
Wilhelm Wundt criou o método
introspetivo controlado (ou Introspecção na segunda pessoa) em que o sujeito é
provocado através de estímulos, e analisa e descreve o que sente. Cabe ao
psicólogo anotar e interpretar o que é descrito. O objetivo é analisar a
experiência consciente.
Esta metodologia foi muito criticada,
devido a algumas limitações que comporta,porque o sujeito é ao mesmo
tempo observador e observado. Auguste Comte, filósofo positivista, defende que é
impossível ao mesmo tempo, sentirmos e analisarmos com clareza aquilo que
sentimos.
" (...) ninguém pode
estar à janela para se ver passar na rua". Quer dizer, a tomada de
consciência de um fenómeno modifica esse fenómeno.
Assim, devido ao uso do método
introspectivo, considerava-se que a psicologia ainda sofria uma grande
influência da sua tradição ligada à filosofia, e, por isso, ainda não era
ciência."
Auguste Comte
Outro problema do método
introspetivo é o fato do paciente utilizar a linguagem verbal para
explicar sentimentos, emoções e estados de espírito em geral. Ora, esta é, como todos sabemos muito pouco clara, pois por vezes queremos dizer uma coisa e
dizemos outra, noutras ocasiões nem sequer existem palavras para explicar minimamente o que sentimos.
Por outro lado, quando o paciente explica o que sentiu, já é outro momento, estando assim a análise sujeita a distorções.
Assim, diz-se que não é possível a
verdadeira introspecção, apenas retrospecção.
Há ainda limites na aplicação deste
método. Ele não pode ser aplicado a crianças e doentes mentais que não se
consigam exprimir. Tendo limitações sérias no campo da psicologia
infantil, patológica e animal.
Podemos ainda acrescentar a
impossibilidade de aceder através deste método ao inconsciente, sendo apenas possível analisar os estados conscientes.
Behaviorismo (John Watson)
John Watson, psicólogo americano
fundador da corrente behaviorista dentro da Psicologia, nasceu em 1878.
Watson estudou as descobertas feitas
por Ivan Pavlov, e desenvolveu pesquisas semelhantes em biologia, fisiologia e
comportamento de animais, e também o comportamento da criança, concluindo que o
comportamento humano era em muitos aspectos, semelhante ao comportamento
animal.
Com base nesta constatação e
inspirado nas descobertas de Pavlov, criou dentro da Psicologia uma nova
corrente, o Behaviorismo (1912). Watson considera que o objetivo da Psicologia
é o estudo do comportamento de um organismo em interação com o ambiente.
Estes comportamentos constituem a
resposta (R – reações físicas) de um sujeito a um determinado estímulo (E –
objectos exteriores). A base do Behaviorismo é que um estímulo provoca sempre a
mesma resposta pelo que não só será possível prever os comportamentos mas
também controlar a produção desses comportamentos (E—> R)
Segundo Watson, o comportamento dos
organismos complexos responde a situações de acordo com sua rede nervosa que está condicionada pela experiência. No ano de 1913 Watson publicou um artigo em que expunha as suas ideias, estabelecendo as bases da nova corrente da psicologia. Rejeitou a
hereditariedade como responsável por tipos de personalidade, que atribuía
unicamente à experiência e ao condicionamento do comportamento, e ainda opôs-se á Psicanálise de Freud que julgava ser uma fantasia.
Gestaltismo ( Max Wertheimer, Kurt Koffka e
Wolfgang Kohler)
A escola da Gestalt contesta a explicação das percepções como sendo um conjunto de
sensações elementares. O Gestaltismo surgiu assim como um protesto contra a psicologia de Wundt, que tinha como base os elementos
sensoriais e não valorizava a consciência.
Os psicólogos Gestaltaltistas acreditavam
no valor da sua escola e rejeitavam a redução dos fenómenos a átomos/percepções,
defendendo que um objecto não é um pacote de sensações, não podendo ser, por
isso reduzido às mesmas. Defendiam que a percepção está para além dos
elementos fornecidos pelos órgãos sensoriais. As partes nunca podem
proporcionar uma real compreensão do todo.
Max Wertheimer (fundador da
escola), Kurt Koffka e Wolfgang Kohler defendiam que o todo é diferente da soma
das partes. Não são as representações, mas sim as suas relações que decidem o
sentido de um pensamento.
O Gestaltismo pode ser visto também como a Psicologia da forma. Os seus defensores têm como principal preocupação compreender quais os processos psicológicos envolvidos numa ilusão de óptica,
quando o estímulo físico é percebido pelo sujeito como uma forma diferente da
que ele tem na realidade.
Kohler, estudou o modo como os
chimpanzés lidavam com situações problemáticas, e concluiu que estes possuíam a capacidade de organizar os diversos elementos de uma situação num
todo de forma coerente, permitindo assim encontrar a solução para o problema.
As suas
experiências com estes animais (que empilhavam caixotes para alcançar o
alimento) comprovaram que os chimpanzés têm condições para resolver problemas
relativamente complexos.
Com o objetivo de demonstrar a
importância da organização da informação num todo, foram produzidas imagens que
podem ser interpretadas de diferentes formas (as ilusões de óptica).
- Imagens de ilusão de ótica:
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